Por Detrás de Um Grande Deputado ....



O artigo no Expresso sobre o “lobbying” mostra bem como é encarado o sistema de declaração de interesses e a ética dos Deputados da Nação; ou seja, à Portuguesa.

Para eles basta-lhes que o seu comportamento não possa ser posto em causa ao abrigo da Lei. Para eles a Ética da Republica é a Lei. Para eles não existe nenhuma Lei moral à luz da qual possam ser julgadas as suas artimanhas que, inclusive, podem prejudicar aqueles que os escolheram para estarem onde estão.

Eles não têm nenhum pejo moral em prejudicar os interesses do povo que os elegeu. Desde que cumpram a Lei…

2 comentários:

Alex disse...

É claro que existe moral para lá da lei. Eu concordo contigo quando dizes que há pessoas que não têm vergonha nenhuma de "tratar da sua vidinha" não olhando a meios desde que consigam tornear a lei. Ainda mais sabendo que quem faz a lei é quem melhor aproveita as lacunas dessa mesma lei.
A minha tese é de que não há uma entidade superior que ajuize da moralidade ou da ética de qualquer comportamento. Se alguém tem um comportamento contra a ética que fazer? A única sanção de que dispomos para castigar o culpado é a sanção da opinião pública, nos media, ou no trabalho ou na familia. Assim, a frase que a Ética da República é a Lei significa que só o Direito pode julgar as pessoas e os seus negócios. Naturalmente que as fontes do Direito são várias entre elas o costume, e a ética e moral da nossa sociedade. Mas a Republica, com poder para castigar o comportamento de alguém só o pode fazer através do Direito. Não há outra via...
Fui espreitar "O Largo da Graça" e li a discussão (interessante) sobre a legalização da prostituição. Aqui está um bom exemplo. A prostituição é moral?
A Ética e a Moral de uma sociedade deve estar espelhada na Lei.
Eu condeno essa gente "chico espertos", mas a verdade é que se não vão contra a lei apenas os podemos condenar "moralmente".
Saúdinha

Anónimo disse...

Eh lá! Alto lá! Eu não estou aqui a defender nenhuma Brigada dos Costumes. Que isto fique bem claro! (ainda me arrisco a que venha ai o Rantas acusar-me de fundamentalista).

Claro que não “há uma entidade superior que ajuíze da moralidade ou da ética de qualquer comportamento” e claro que só o Direito é que pode “castigar o comportamento”.

O que eu acho é que os detentores de cargos públicos têm uma obrigação acrescida de pautar o seu comportamento por critérios morais rigorosos. Se o cidadão não reconhece naqueles que são a face do poder uma conduta moral minimamente condizente com a “moral convencional” perde as suas balizagens e deixa de ter referencias para se auto-regular. O resultado disto é a generalização de um relativismo moral onde ninguém pode mandar a primeira pedra. Que é precisamente o que tem acontecido em Portugal.