ROSTOS DA NÃO MUDANÇA

Coincidiram no mesmo dia ter temas da comunicação social que me fizeram ver três rostos da não mudança.

Foi fundada a CSI, a nova Confederação Sindical Internacional por fusão de duas grandes confederações a CMT (cristã) e a CISL (reformista e laica) representando 168 milhões de trabalhadores em todo o mundo. Destina-se a falar em nome do Trabalho com as organizações mundiais, defendendo os trabalhadores, neste tempo de Globalização. A FSM (marxista) não entrou falando na Globalização Capitalista.
As nossas Confederações tiveram destinos diferentes: a UGT está lá e a CGTP não.
Julgo que Carvalho da Silva é um rosto da anti-mudança. Não admite prescindir de nada. Não percebe a mudança. Quer conservar o que conseguiu e não entende o futuro!

Fui apanhado por outra notícia de que me congratulo. Finalmente alguém mexe em coisas tão obviamente distorcidas a todos os níveis. O arredondamento correcto do spread. Não pode ser doutra maneira. Um arredondamento é um arredondamento! É Matemática. Sabem com certeza que os bancos arredondavam para o quarto superior! É um roubo! E ficavam impunes. Outra alteração fantástica de tão simples: as datas- valores de um depósito em cheque e portanto a sua disponibilidade é o primeiro dia útil a seguir ao seu depósito Nada de mais natural. Se o dinheiro sai de uma conta tem que entrar noutra. Por onde pairava nos 4 ou 5 dias da “compensação”?
João Salgueiro presidente da Associação dos Bancos nem pestanejou: Não vem mal ao mundo. Aumentamos os spreads. A Banca não pode ficar a perder!
Julgo que João Salgueiro é um rosto da anti-mudança. Não admite prescindir de nada. Não percebe a mudança. Quer conservar o que conseguiu e não entende o futuro!

À noite, grande espectáculo televisivo: grande entrevista com o Dr. Alberto João Jardim. Tiro o chapéu à sua cábula cheia de percentagens… Ao não aceitar a nova lei das finanças regionais que causa uma redução de transferências, representa todo o Estado Gordo que queremos emagrecer. Ao não querer discutir o aumento de escalão dentro das regiões europeias, o facto de ser a segunda região mais rica per capita do país, mostra-nos a ferocidade daqueles que defendem os seus privilégios.
Julgo que Alberto João Jardim é um rosto da anti-mudança. Não admite prescindir de nada. Não percebe a mudança. Quer conservar o que conseguiu e não entende o futuro!

Saúdinha

2 comentários:

Rantas disse...

Alex,

Quanto aos cheques, não é bem como tu escreves.
A proposta tem duas componentes:

1) Fazer coincidir a data-valor do crédito com a do depósito. Actualmente, a data-valor é a do dia útil seguinte para quase todos os créditos à conta; esse procedimento decorre dos apuramentos de tesouraria que os Bancos faziam antes - a disponibilização de dinheiro para levantamentos tinha de ser feita ANTES, para ficar nas agências o dia todo à disposição dos Clientes. O apuramento dos depósitos (o fecho de caixa) é feito DEPOIS, possibilitando apenas em fim de dia a sua aplicação financeira. Obviamente que isto decorre do funcionamento dos bancos que os seus Clientes não terão de pagar; além do mais, com os sistemas informáticos evoluídos que existem hoje, essa situação já não se coloca da mesma forma.

2) O depósito de um cheque é feito com a data-valor do dia útil seguinte - ou seja, o Cliente recebe juros a partir do dia útil seguinte, mesmo não podendo utilizar o dinheiro. A sua disponibilização ocorre apenas boa cobrança do cheque, mas não afecta a rendibilidade. Ou seja, o Banco não fica com o "float", não fica com os juros durante esses 4/5 dias - esses juros pertencem ao Cliente. Esta regra vai manter-se. A alteração consiste na disponibilização imediata dos depósitos de cheques VISADOS ou de cheques BANCÁRIOS, o que é diferente.

Rantas disse...

Quanto ao resto, estou de acordo com o que escreves.

A questão do arredondamento é um roubo injustificável, que os bancos têm vindo a perpretar impunemente há muitos anos.

Quanto à CGTP e ao rafeiro do Funchal, já se sabe do que a casa gasta...