MULHERES AO PODER



Há umas semanas no Expresso veio um comentário sobre uma lei na Noruega que determina que numa data próxima, se não me engano em 2007, qualquer sociedade privada que não tenha 40% de mulheres no seu conselho de administração é, pura e simplesmente , dissolvida !
Caramba ! Isto é uma medida drástica ! Não é razoável ! No entanto, é quase consensual que os países Escandinavos são os socialmente mais evoluídos do Mundo. Porque tomarão uma medida destas ?
AXIOMA : Se houver cada vez mais mulheres em cargos dirigentes, a Sociedade torna-se melhor.
Como sabem os axiomas não carecem de demonstração. Vou aceitar este axioma. Aceito este axioma.
Como pode haver cada vez mais mulheres em cargos dirigentes? Elas têm os bébés, as crianças, a comida, a roupa, a casa, o trabalho...Como podem viver as empresas com dirigentes ausentes, que estão a pensar no jantar ou na crise da filha adolescente, ou se chove e tenho a roupa a secar... Não sei. Mas se calhar elas, que sentem esses problemas melhor que nós podem começar a pensar na solução...
Se conhecem melhor os problemas que têm para não se poder dedicar mais ao trabalho, é possível que ninguém melhor que elas para arranjarem soluções.
E o resultado só pode ser uma Sociedade mais humana, onde a familia e o emprego sejam melhor e mais eficazmente defendidos.
Assim, por considerar que é preciso haver mulheres a dirigir para mais mulheres puderem dirigir, defendo um sistema de cotas. Temporário. Assim, temporáriamente todos os níveis de poder (em concreto, deve-se estudar e definir que níveis e que poderes), haveria uma cota de mulheres. Durante uns anos veríamos mais mulheres no parlamento, no governo, nas autarquias, nas Direcções-Gerais, nas Administrações, etc.
Porque não ?
Saúdinha

1 comentário:

manolo disse...

Em termos ideais, os cargos de responsabilidade e de altas funções deviam ser atingidas apenas pelo mérito e competência e não pelo facto de se ser homem ou mulher. Mas se tudo continuar como até aqui, é bastante provável que a situação permaneça igual no século XXII. E isso não é aceitável. Desaproveitar metade do potencial e capacidade humana é bizarro. E uma lufada de ar fresco na definição de estratégias e gestão é certamente bem vinda. Por isso concordo com medidas como as cotas (naturalmente criadas com bom senso) e, assim que o processo fosse "natural" as próprias cotas caíriam em desuso.