O DEBATE DE IDEIAS


Marques Mendes- Pois é, vocês querem tudo, não deixam nada para nós brincarmos! Agora já puseram o Pina Moura na TVI.! Querem tudo só para vocês!
Sócrates – Ai é? Então e vocês não têm o Pinto Balsemão? E eu nunca disse nada!!!
Nós também queremos!

JUSTIÇA CRIMINOSA


Toda a gente sabe como a Justiça está. Toda a gente sabe que uma Justiça, séria, forte e célere é fundamental para o desenvolvimento, e no entanto…
Depois da reforma da Administração Pública, considero a Reforma da Justiça a mais influenciadora, logo mais urgente, para o desenvolvimento de Portugal.
Vem isto a propósito do famoso “Caso Esmeralda”. Toda a gente o conhece, e sabe-se como este imbróglio é impossível de desatar.
Resumindo os factos: Baltazar conheceu uma brasileira e engravidou-a mas nunca admitindo isso. Nasce Esmeralda e com 3 meses é “dada” ao Casal Luis Gomes com contrato reconhecido em notário.
Ao registar a filha, de pai incógnito (pois Baltazar recusou-se a perfilhar), as autoridades fizeram um teste de DNA que deu positivo. Nessa altura Baltazar, reclamou a paternidade e foi-lhe atribuído o poder paternal. O Sarg. Luis Gomes sempre impediu que esse poder fosse exercido até ser preso e condenado. A mulher pôs-se a monte com a pequena Esmeralda agora com 3 anos. Mais tarde, Adelina Lagarto entregou-se no tribunal para ser ouvida. O Tribunal decide entregar a guarda temporária à mãe adoptiva e a seguir outro tribunal confirma a prisão preventiva ao Sarg. Luis Gomes, pelo sequestro de Esmeralda. Não existe aqui um pequeno paradoxo? A guarda temporária é entregue à esposa do homem que está preso por ter sequestrado essa mesma criança. Mais, no acórdão justifica-se a prisão preventiva pelo perigo de continuação do crime…Alguém que me explique isto, como se eu fosse muito burro…
É um problema insolúvel pela justiça, na minha opinião. Quando estão frente a frente o Poder Paternal e o Direito da criança… haverá recursos e mais recursos. A única solução, à maneira da história do rei Salomão com as duas mulheres que disputavam um bebé, seria o Baltazar, aquele que tem o poder paternal, considerando o interesse da sua filha, deixá-la crescer com os pais que a Esmeralda conheceu até hoje.
Mas este caso leva-me a reflectir na atribuição do poder paternal. É uma discussão que não tem a ver com este caso mas está a montante. E tem a ver com a adopção também. Acho que um pai não é apenas aquele que faz um filho. É aquele que o cria, que o educa, que provém ao seu sustento. Mas esta é outra discussão.

Ninguém sabe como vai acabar esta infeliz história, mas do que não tenho dúvidas é que há uma vitima deste processo: a Esmeralda. Inocente desta trapalhada, vai sofrer as consequências do inevitável arrastar do processo. Que idade terá quando a Justiça decidir o imbróglio?
Independentemente da complexidade jurídica da questão, da ética e moral destas relações, o crescimento da menina tem que ser salvaguardado. A não ser, é a própria Justiça que comete um crime. Será uma justiça criminosa!

Saúdinha

DIA DA LIBERDADE




Amanhã comemora-se 33 anos de 25 de Abril. O dia da Liberdade. Tinha 10 anos em 74 e por isso não posso dizer que vivi o antigo regime. Mas estou agradecido pela Liberdade e Democracia que o 25 de Abril tornaram possível. Hoje é-me impossível imaginar um Portugal sem Liberdade nem Democracia.

Sem vítimas e com o apoio de um povo faminto de Liberdade foi um dia único. Independentemente de todo o percurso que os portugueses fizeram desde esse dia, o 25 de Abril foi o ponto de partida para um novo Portugal. Um melhor Portugal.

Saúdinha

Medo, Superstição e Intolerância nos Ruandas


O último genocídio confirmado foi no Rwanda, em 1994, onde durante cerca de três meses foram chacinados em termos indescritíveis, 1 milhão de mortos e mais do dobro de refugiados. Isto num país pequeníssimo, com grande maioria de hutus que foram imbuídos de ódio contra os seus “irmãos” tutsies; a razão é profunda e vem de longe*. Os de etnia tutsi são mais altos e as suas origens são de pastores, portanto nómadas e guerreiros. Os hutus sempre foram agricultores agarrados à terra, e dominados pelos que “vieram de fora”. Colónia alemã, após a 1ª guerra belga, também os europeus confiaram toda a Administração local aos tutsies. Com a independência, 1962, os hutus tomam o poder obrigando os tutsies a fugir.

Esta história tem semelhanças com outros casos embora se passe em África, o continente esquecido, que praticamente ainda não entrou na era industrial. Mas na Europa o mesmo aconteceu com a Bósnia e Sérvia e dentro da Croácia. Outro exemplo é Índia e Paquistão, em Caxemira. Mas é no Iraque que uma luta fraticida entre “irmãos” tem diversos pontos em comum com o Rwanda: xiitas em maioria e a minoria sunita possuindo o poder “oferecido” pelos ingleses, vivendo conjuntamente no período Otomano onde já aí, os sunitas exerciam o poder sobre os xiitas.

Este louco ódio irracional parece estar presente no íntimo dos seres humanos. Penso que é desencadeado por Medo, Superstição e Intolerância. Quem conseguir vencer estes fantasmas, a civilização que vence o Medo, a Superstição e a Intolerância, está imune a estas atrocidades.

A responsabilidade dos genocídios é atribuída, por diversas opiniões ao Ocidente colonizador e rico que não evitou o massacre; por exemplo, “Algumas potências ocidentais são "criminalmente responsáveis" pelo genocídio de 1994 no Ruanda porque não fizeram o suficiente para impedi-lo,”disse o comandante da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no país africano à época, o general canadense Romeo Dallaire,; Também Louis Michel, ministro das Relações Exteriores da Bélgica, afirmou “Levará uma eternidade para a indiferença detestável da comunidade internacional ser esquecida", disse. França, Grã-Bretanha e Estados Unidos são acusados.

São acontecimentos que devem ser evitados. A melhor forma é que os cidadãos vençam o Medo, Superstição e Intolerância. Estes são os responsáveis. E todos que com “eles” colaboram.

*Por volta do século XV, os tutsis, pastores de grande estatura oriundos da Etiópia, chegam ao local e impõem domínio feudal aos hutus, mais numerosos que eram originários.

Como quem limpa o cu a meninos

Ontem à noite o nosso Engenheiro (o do Governo) conseguiu desmontar um-a-um todos os argumentos, insinuações, poderes ocultos e outras bocas que tinham deixado o país suspenso durante o período agora conhecido como o “Silencio de Sócrates” (eu não conheço o processo todo mas não me pareceu que os entrevistadores tenham conseguido contra-argumentar).

Mais, durante a parte da entrevista dedicada a esclarecer a sua carreira académica colou-se estrategicamente à posição de vítima de uma verdadeira cabala que o obrigou a vir, perante os portugueses e portuguesas, defender-se de ataques pessoais e safados.

Resultado final: o pessoal indigna-se contra estas vis tentativas de enlamear o bom carácter deste homem. É certo que as bocas vão continuar (essencialmente em meios como a blogosfera), mas estou convencido que na generalidade a popularidade do Primeiro-Ministro sai reforçada.

Sócrates agredexit!