No fundo, os nosso ministros deviam era aprender a jogar Civilization!

Antes de discutir a localização do novo aeroporto julgo que seria mais importante tornar publica a discussão sobre que tipo de aeroporto se deve construir. É que os aeroportos devem ser construídos tendo em conta os seus principais objectivos, dotando-os das características mais adequadas ao seu tipo de funcionamento. Queremos um grande aeroporto que possa vir a tornar-se a tal placa giratória para a América do Sul,; ou queremos antes um aeroporto com custos mais baixos capaz de, através das suas taxas mais acessíveis, captar as preferências das companhias low-cost; queremos um aeroporto que sirva simultaneamente como catalizador para o desenvolvimento económico de uma determinada região; ou queremos antes um aeroporto que consolide os eixos económicos já instituídos. Enfim, julgo que há aqui matéria para tornar a discussão sobre o novo aeroporto mais permeável e interessante para o grande público e ajudar a justificar determinadas opções técnicas, como o é a localização propriamente dita.

Já disse que não sou à partida contra a construção de um novo aeroporto. Só me custa é ver avançar projectos que implicam custos enormes sem se ter (ou pelo menos não a explicam) uma ideia concreta do que se quer fazer com eles. No fundo estamos de novo a cair num erro muito recorrente na nossa gestão: falta de planeamento! Esta reportagem mostra bem que as opções tomadas para os investimentos relacionados com o Euro não foram, na minha opinião, as mais acertadas porque não tiveram em conta nenhum tipo de planeamento estratégico. Faz-se, e pronto! Também aqui não questiono se devíamos ou não ter organizado o torneio, mas se calhar podia-se ter feito a coisa por menos. Instalar uma capacidade de um lugar para cada 19 Portugueses (enquanto que a Espanha com uma liga muito mais competitiva tem uma capacidade de 1 lugar para cada 51 Espanhóis) parece-me um disparate.

E mais uma vez reforço a minha convicção de que estes grandes investimentos deveriam ser referendados. Como a peça demonstra bem, depois somos todos que pagamos pelos erros!

2 comentários:

Rantas disse...

Há de facto uma falha enorme - nem que seja na comunicação. Não basta ter razão, é necessário comunicar, divulgar, convencer, debater, esclarecer!! E, caso se verifique que existem alternativas melhores, deve fazer-se como o Xistra e dar o braço a torcer...

Rantas disse...

Mas este blog fechou?!