Casamento entre homossexuais e a família

Há temas extremamente dificeis. A sociedade humana desde sempre (e falo da Pré-História) foi organizada por famílias. Embora tenha havido excepções, o facto de serem necessários pelo menos 10 anos para as crias dos humanos se tornarem independentes levou a este "contrato", o casamento para se poder formar a família. Assim era essencial que a mãe acreditasse no compromisso do pai para a alimentação e segurança a longo prazo. Esse comportamento (diria genético) levou à organização familiar: pai, mãe (em alguns casos, mães) e filhos. Numa definição, talvez simplista, mas contendo a essência, diria que a família, base das sociedades, é o pai, a mãe e os filhos.
O Estado, com grande responsabilidade na sociedade, tem a obrigação de apoiar as famílias. E tem-no feito. Existem políticas e legislação que contribuem para o bem-estar das famílias.
Por outro lado, o indivíduo tem a liberdade de escolher as suas opções sexuais e viver sem descriminação. Se alguém, para atingir a plena realização como ser humano, é homossexual, penso que o Estado não tem o direito de restringir essa liberdade. A que propósito o faria?
Naturalmente o caso é diferente quando se trata da Igreja, que tem por dever espalhar a fé e proteger as suas convicções, (e crenças). Assim percebo perfeitamente a sua posição relativamente à homossexualidade em geral (entende-o como “desvio” ou doença) e evidentemente é firmemente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nem poderia ser de outra forma. A Igreja influenciará o pensamento dos cristãos (em diferentes escalas), mas o Estado não deve tomar em consideração a posição da Igreja neste caso.
Duas mulheres dirigiram-se a uma Conservatória para requerer o casamento. Os antecedentes são conhecidos: em Espanha, na Holanda e em Inglaterra, se não me engano já é possível o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A tendência é esta.
Na minha opinião, julgo que uma solução seria considerar a possibilidade de se criar dentro da figura Uniões de Facto (para quem não quer assumir o contrato do casamento, ou outras razões) a inclusão da União entre homossexuais. Teriam, tal como os casais, uma individualidade em termos financeiros (impostos, crédito), na comunhão de bens adquiridos, na questões de herdeiros (a ser regulamentada), mas julgo que não deve ser considerado um casamento, pois não é uma família (no sentido em que a defini) que se forma, nem para isso contribui. Já ouvi imediatamente o contra argumento (fraco) que o casamento entre um casal de 80 anos de igual forma, não forma uma família. (circunstâncias pouco vulgares, e excepcionais que não adiantam nada à discussão).
Portanto, casamento entre pessoas do mesmo sexo não; nada contribuem para a “geração” da família, e logo, o Estado, o único interesse que deve assegurar são os mesmos direitos que a qualquer outro cidadão, salvaguardando a União pública de homossexuais com direitos próprios. Sem dramas.

5 comentários:

Pseudo-intellectual lunatic disse...

viva

Rantas disse...

Eu concordo 100% com o casamento entre homossexuais.

obelix disse...

Estou quase completamente de acordo com contigo: o casamento é uma figura que cria direitos e deveres entre pessoas de sexo diferente, se quiserem criem uma figura com os mesmos direitos e deveres para pessoas do mesmo sexo, mas chamem-lhe outra coisa.
O ponto onde vou ligeiramente mais longe é na aceitação social quase como natural da relação homossexual. Sem pôr minimamente em causa o direito à não discriminação, entendo que entender estas orientações com o mesmo valor social que as heterossexuais (algumas vezes, não raras, com mais valor, pois seria aí que estariam a modernidade e as elites) é um factor de disseminação do comportamento, com causas graves até na sobrevivência da espécie.

Alex disse...

Mais um assunto que pensei fazer um post, mas atrasei-me.
No fundo é para dizer a mesma coisa, sim senhor tem o direito a ser felizes, direitos de cidadania iguais aos outros (por ex. assistência à familia). Mas chamem-lhe outra coisa. Isso não é um casamento nem constituem familia, pois evidentemente não têm descendência.
O que gostaria de frisar é que me parece que ao chamar a imprensa e ir à conservatória, mostra que se quer chamar a atenção. E, concordo que se deva chamar a atenção e discutir a questão. Enfiar a cabeça no chão e dizer que não é prioritário, é fugir da discussão.
E tabém considero que o contrato de casamento não faria a discriminação sobre os homosexuais diminuir.
Assim, para quem considera haver discriminação sobre os homosexuais o que fazer ?
Será que alguém seria a favor de introduzir-se nos progamas de ensino, uma "explicação da homosexualidade" ?
Saúdinha

Anónimo disse...

acho isso uma bobagem isso não é serto para mim é uma falta de vergonha coisa mais tristi viu,mais oq vali minha opinião si não vai mudarnada ,mais mesmo assim é uma vergonha na umanidade