UMA SOMBRA SOBRE O MUNDO !





Eleições na Palestina. O partido islâmico Hamas vence com maioria. Este partido não reconhece Israel, não negoceia, não reconhece o direito de Israel e não desarma. É adepto da politica dos atentados suicidas e não reconhece nenhum acordo com Israel. Ao contrário de Mhamoud Abbas que dava esperança de um acordo ser possível. Esperemos pela coabitação. Ao lado, Sharon, que tinha percebido que não havia paz sem um Estado Palestiniano independente está morto politicamente. Daqui a dois meses há eleições em Israel. Com o novo governo na Palestina espera-se que em Israel o governo saído das eleições não será brando !

A par destes desenvolvimentos, o cenário no Irão continua muito perigoso. Com Ahmadinejad guinchando contra Israel, diz querer empurrar Israel para a Europa, afirmando ser o holocausto, um mito. A par disto continua o seu programa nuclear sem medo de ninguém.

O Iraque está à beira da guerra civil entre xiitas e sunitas e é hoje um viveiro de terroristas. Apesar das eleições, a situação está muito longe de estar estável.

A Síria também tem uma situação explosiva e o Afeganistão não está pacificado.

No outro lado os Estados Unidos e o seu Presidente Bush estão em sérias dificuldades a nível interno, vai ser obrigado a retirar do Iraque, não tem capacidade politica (e duvido que tenha capacidade económica) para ir ao Irão e portanto não conseguirá cumprir o seu papel de Polícia do mundo.
A Europa, sempre dividida e sem voz única, baloiçando entre os interesses, os medos e os princípios, não tem capacidade nem militar nem política e ameaça cortar na ajuda económica está à mercê dos Aliados.

De lado a Rússia e, principalmente a China, sorriem. Aguardam que o Império Americano (Ocidental ?) comece a ruir.

A par da situação no Médio Oriente temos a guerra ao Terrorismo...

É uma sombra muito negra sob o planeta...

A Paz é o maior bem da Humanidade ! Antes de comer e beber, todos os animais salvam a vida. A Segurança é a primeira na pirâmide das necessidades.

Como é possível esta irracionalidade ?

Como é possível algum palestino que queira a paz, votar no Hamas ?!
É a Jihad !

E nós cá ? Basta imaginar o que seria ter o barril de petróleo a mais de cem dólares. E fora o resto...

Saúdinha

2 comentários:

Rantas disse...

Pois é, isto não está fácil...

A vitória do Hamas foi uma má noticia para o Mundo.

A fraqueza, cegueira ou imbecilidade (pick one) do W. Bush vai deitar a perder o Iraque.
O Irão já vai além, a Síria está a passar-se para o outro lado, até o Afeganistão continua à solta...

O que fazer?

manolo disse...

O espectro de uma guerra "global", após a queda do Muro de Berlim é aterrador. A posição da União Europeia é bastante fraca. Independentemente da União a troika França, Inglaterra e Alemanha têm uma missão quase platónica: convencer o presidente do Irão, eleito na condição de ser o governo de Deus na Terra, a respeitar compromissos e responsabilidades anteriormente aceites e agora violados. A Agência Internacional Da Energia Nuclear desconfia (legitimamente) das intenções iranianas. Mas este "ungido", pressentindo o medo que causa e completamente alheado das consequências "holocausticas" de uma guerra (Iraque, Israel) é já comparado a A. Hitler nos idos de 1936. A posição deve ser clara: o inimigo é a ignorância e o fanatismo que tem que ser combatido, mesmo se o recurso à intervenção militar fôr impossível de evitar. Quem é que nos defende de estarmos sujeitos a um qualquer demente? Relativamente ao Hamas, vai, tal como o foi a Fatah, renunciar à luta armada (e ao terrorismo) e reconhecer Israel, para prosseguir o chamado "processo de paz". Se assim não fôr nesta fase, quantos mais anos de sofrimento e horror serão necessários para o entendimento sem alternativa? Quanto aos Estados Unidos, a sua retirada do Iraque como força de ocupação será um desafio aos iraquianos, às Nações Unidas e a todos os povos do Médio Oriente (Síria, Jordânia, Egipto, Israel e também aos xiitas no Irão) para construirem o seu próprio futuro. Para mim a posição correcta será apoiar sem tibiezas os países arábes e muçulmanos moderados e evidenciar claramente que existe uma força dissuassora capaz de suportar uma guerra longa.