O desafio da "solução final"



Quando era criança “os judeus” era um nome feio, chamar judeu era insultar. Não sabia o que significava. As leituras da adolescência deram-me a conhecer o Holocausto. A crueldade infame contra judeus, o metódico processo de exterminação, a homens, mulheres e crianças aguçou-me a curiosidade. E muito novo fui à procura: quem são estes judeus, qual a sua história e como é que se chegou a este ponto? “A História do povo Judeu” de Werner Keller, convenceu-me que “é a história de um povo fora do comum, a que nenhum outro na Terra se pode comparar”. Assim, desde aí que leio tudo o que posso relativo ao assunto.

A questão palestiniana é uma grande injustiça para o povo palestino. Mas acho, convictamente, que maior injustiça seria não dar direito de existência a um Estado que os judeus considerem como seu. A solução não é fácil, e só será possível se ambas as partes acreditarem que sim, que é possível. Os caminhos estão há muito definidos. Do lado de Israel percebo uma vontade de resolver o problema, o mesmo não digo do lado palestiniano até pela dificuldade “insuperável” de aceitar a injustiça. Mas o processo, cheio de armadilhas e obstáculos, está a fazer o seu caminho.

Por tudo o que pode representar na convivência entre culturas diferentes, e civilizações de costas voltadas, “a solução final”, a paz com honra e reconhecimento mútuo (verdadeiramente só assim será Paz) é o grande desafio da nova Administração americana, com a intervenção da Europa, Rússia e sempre enquadrada pela O.N.U. Esta paz desencadearia soluções para os mais graves problemas que a humanidade enfrenta.

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