Sou leitor assíduo do jornal A Bola. Aos sábados leio uma crónica assinada por Jorge Valdano, antigo futebolista argentino que está radicado em Espanha há vários anos.
Valdano escreve sobre futebol internacional mas fala principalmente, apoiado no que se passa em Espanha, dos clubes, jogadores, treinadores que actuam no país de “nuestros hermanos”.
E já dei comigo a pensar: Mas que raio nos interessa a nós, portugueses, o que se passa no futebol espanhol?
A verdade é que isto é um sinal de algo muito mais vasto: Portugal e Espanha, estão cada vez mais unidos pela economia, e vão surgindo cada vez mais áreas em que a divisão entre os dois países se vai esbatendo. Todos sabemos das empresas espanholas que estão em Portugal em quase todas as áreas, desde o sector financeiro até aos serviços. Hoje quando vamos a uma superfície comercial sabemos que os produtos que vamos comprar são produzidos, ou comercializados por empresas espanholas, quando vamos ao hospital é cada vez mais normal sermos assistidos por médicos ou enfermeiras espanholas. Também conhecemos muita gente que foi estudar nas Universidades espanholas ou foi trabalhar para Espanha. E o inverso, embora talvez com menos impacto, também sucede. Estão em curso grandes projectos ibéricos, como o plano hidrológico ou o TGV. E desde a implantação das Democracias Ibéricas que os governos dos dois países se reúnem nas cimeiras ibéricas discutindo e implementando programas e objectivos comuns. Também nos plano internacional, na EU e nas reuniões ibero-americanas se vai cimentando esta aliança ibérica.
Com isto o que eu quero dizer é que a União Ibérica já existe embora em fase embrional. E numa época de globalização, em que ambos os países estão na União Europeia num processo federalista, não faz sentido que tenhamos medo em falar numa União Ibérica. E União Ibérica é uma união entre dois Estados e não a absorção de um pelo outro. E porque seria bom? O peso duma União Ibérica, dentro da União Europeia e no Mundo seria muito maior do que o somatório dos dois países. As políticas de investimento, politicas sociais seriam muito mais fortes. Mas acima de tudo, considero que entre os Portugueses e os Espanhóis (Galegos, Castelhanos, Andaluzes, Catalães) não existe grandes diferenças, tanto culturais, como religiosas, como históricas…
Não estou a rasgar e esquecer a nossa História. Nem pensar. Portugal tem e terá um orgulho imenso na sua História e na sua Independência conseguida exactamente contra Castela. O que defendo é, não esquecer o passado, mas tornar mais forte o futuro. E, como disse, uma União Ibérica só pode ser uma união entre dois Estados, Portugal e Espanha. Não estou a pôr em pé de igualdade as províncias espanholas com Portugal.
Há muito tempo que acredito que o primeiro de Dezembro de 1640 foi o maior erro histórico dos Portugueses. Continuo a pensar assim. Não foi nessa altura. Será no futuro. E atenção: eu não quero ser espanhol! Sou e serei sempre português, com muita honra e orgulho. Sou tão patriota como o mais empedrenido!
Viva Portugal! Viva a União Ibérica!
Saudinha
PS Já disse às minhas filhas: a língua estrangeira mais importante é o castelhano.
Valdano escreve sobre futebol internacional mas fala principalmente, apoiado no que se passa em Espanha, dos clubes, jogadores, treinadores que actuam no país de “nuestros hermanos”.
E já dei comigo a pensar: Mas que raio nos interessa a nós, portugueses, o que se passa no futebol espanhol?
A verdade é que isto é um sinal de algo muito mais vasto: Portugal e Espanha, estão cada vez mais unidos pela economia, e vão surgindo cada vez mais áreas em que a divisão entre os dois países se vai esbatendo. Todos sabemos das empresas espanholas que estão em Portugal em quase todas as áreas, desde o sector financeiro até aos serviços. Hoje quando vamos a uma superfície comercial sabemos que os produtos que vamos comprar são produzidos, ou comercializados por empresas espanholas, quando vamos ao hospital é cada vez mais normal sermos assistidos por médicos ou enfermeiras espanholas. Também conhecemos muita gente que foi estudar nas Universidades espanholas ou foi trabalhar para Espanha. E o inverso, embora talvez com menos impacto, também sucede. Estão em curso grandes projectos ibéricos, como o plano hidrológico ou o TGV. E desde a implantação das Democracias Ibéricas que os governos dos dois países se reúnem nas cimeiras ibéricas discutindo e implementando programas e objectivos comuns. Também nos plano internacional, na EU e nas reuniões ibero-americanas se vai cimentando esta aliança ibérica.
Com isto o que eu quero dizer é que a União Ibérica já existe embora em fase embrional. E numa época de globalização, em que ambos os países estão na União Europeia num processo federalista, não faz sentido que tenhamos medo em falar numa União Ibérica. E União Ibérica é uma união entre dois Estados e não a absorção de um pelo outro. E porque seria bom? O peso duma União Ibérica, dentro da União Europeia e no Mundo seria muito maior do que o somatório dos dois países. As políticas de investimento, politicas sociais seriam muito mais fortes. Mas acima de tudo, considero que entre os Portugueses e os Espanhóis (Galegos, Castelhanos, Andaluzes, Catalães) não existe grandes diferenças, tanto culturais, como religiosas, como históricas…
Não estou a rasgar e esquecer a nossa História. Nem pensar. Portugal tem e terá um orgulho imenso na sua História e na sua Independência conseguida exactamente contra Castela. O que defendo é, não esquecer o passado, mas tornar mais forte o futuro. E, como disse, uma União Ibérica só pode ser uma união entre dois Estados, Portugal e Espanha. Não estou a pôr em pé de igualdade as províncias espanholas com Portugal.
Há muito tempo que acredito que o primeiro de Dezembro de 1640 foi o maior erro histórico dos Portugueses. Continuo a pensar assim. Não foi nessa altura. Será no futuro. E atenção: eu não quero ser espanhol! Sou e serei sempre português, com muita honra e orgulho. Sou tão patriota como o mais empedrenido!
Viva Portugal! Viva a União Ibérica!
Saudinha
PS Já disse às minhas filhas: a língua estrangeira mais importante é o castelhano.