LEI DO TABACO


Onde moro existe um café que toda a gente frequenta.
Quando, finalmente saiu a lei “anti-tabaco”, foi-lhe perguntado se o seu café seria de fumadores ou não-fumadores. Respondeu que gostaria que fosse de não-fumadores mas que não tinha hipótese…

O Governo decidiu (depois de muitos países europeus) legislar no sentido de proteger os não-fumadores. Na primeira proposta dizia-se que, além das instituições e serviços públicos , também nas empresas abertas ao público (cafés e restaurantes) até 100 m2 seria proibido fumar.

Eu concordo em absoluto com o sentido da lei. Proteger os não-fumadores, no seu direito de ser não-fumador. A melhor maneira de resolver o problema (pois também defendo o direito a ser fumador), seria o de estabelecer espaços para fumadores e espaço para não-fumadores. Como isso, para espaços pequenos impossível, houve que estabelecer um espaço (não faço ideia se os 100m2 são os adequados). E concordo que, nos espaços em que seria impossível haver segregação de espaços, o estabelecimento seria não-fumador.

Vária vozes foram contra esta solução. Perseguição aos fumadores! Ataque à Liberdade Individual (do proprietário do café, pois este deve ter liberdade de escolher se o seu estaminé é para fumadores ou não). O Governo fez-lhes a vontade. O resultado? Quase nenhum. Se havia um objectivo na lei, foi cumprido? Eu acho que não. Como se demonstra no exemplo no inicio.

É que este é um exemplo do que o bom senso não resolve (aparentemente) e o Estado vai interferir na luta entre duas liberdades. A Liberdade do fumador e a Liberdade do não-fumador. Qual ganhou?

Saúdinha

8 comentários:

Anónimo disse...

vai interferir com muito mais liberdades: a do proprietário, a do fumador-só-de-vez-em-quando,a do vendedor de cigarros, ....

quero com isto dizer que o estado vai meter o bedelho em sitaucoes que podiam, e deviam, ser unicamente contratualizadas pelos individuos.

o único argumento em relacao a este assunto a que sou sensível (ainda que nao tenha conseguido definir posicao) é a defesa das pessoas que ocupam os postos de trabalho e que sao obrigadas a conviver com o tabaco sem o desejarem.

Rantas disse...

Concordo com o terror das casas-de-banho. O Estado não pode nem deve regular tudo, e esta é uma das situações em que a decisão deve ser tomada pelos proprietários - se, nos seus estabelecimentos, se pode fumar, sim ou não.
Depois serão os Clientes que tomarão a sua decisão - se continuam a ir a esse estabelecimento. Deixam de ir porque há muito fumo e é incomodativo, deixam de ir porque não se pode fumar, etc.

Anónimo disse...

é terror-das-retretes pá!

Alex disse...

Vocês acham que o mercado resolve o problema dos não fumadores. Não concordo. E acho que o Estado deve proteger mais o não fumador. E isso é defender a Liberdade. A Liberdade do não fumador, pois menos que seja um mercado negligenciável, tem direito à sua Liberdade. De não respirar o fumo do tabaco.
Saúdinha

Rantas disse...

Que seja das retretes. Desculpa. Já não me lembrava se era das retretes se era das sanitas, e então coloquei das casas de banho...

Alex,
Concordo contigo em como deve haver alguams limitações - por exemplo em locais de trabalho fechados, nos transportes publicos, etc. Mas não em todos.
Por exemplo, acho indefensável que seja proibido fumar nos taxis. Só deveria ser proibido se o taxista o proíbisse; se o taxista fosse indiferente ao fumo, ou se também dar as suas passas, poderia permitir um taxi para fumadores. E é nessa liberdade que o Estado não se deveria intrometer. O mesmo raciocínio é extrapolável para restaurantes, bares, discotecas, etc.

Anónimo disse...

Acho muito bem que interfira com as "liberdades" do fumador. Quais sao as liberdades de um fumador? Fumar num restaurante a beira de crianças com gripe?! huh? Eu respeito os fumadores desde que eles nao fumem à minha beira. De preferencia, fumem em vossa casa.

P.S: Por cada 30 cigarros que um fumador fume, a pessoa ao lado "fuma" 10 cigarros.

Atentamente

Anónimo disse...

o tabaco vai ser o vector principal para uma politica económica de grande lucro para o governo, porque este recebe 900 milhões de euros da CEE para o consumo do tabaco dos países comunitários ,logo os nossos governantes já estão a esfregar as mãos de contentamento com a tabaqueira nacional.É só lucros e vêm esses miseráveis lastimarem-se para a comunicação social.Politicos portugueses são todos uma cambada de oportunistas e nós povo é que somos os culpados ao votarmos na merda.

Anónimo disse...

FAÇAM FUMO, FUMO, FUMO NA ASSEMBLEIA
DA RÉPUBLICA , NO GOVERNO E NOS POLITICOS COM GÁS ANTI PARASITAS