História do Séc XXI

1. Os Três Pólos da Terceira Era: Transportes/Comunicações, Comércio e Conhecimento

Depois de um período de acesa discussão sobre a construção de um novo aeroporto, o então Ministro das Obras Públicas, Mário Lino, é demitido e substituído por Zé dos Plásticos. Este novo ministro revolucionou completamente o então Governo de José Sócrates e lançou as fundações da Terceira Era de Portugal, periodo que marcou a segunda metade do séc XXI.

Aproveitando a discussão sobre a localização do novo aeroporto, o Ministro Zé dos Plásticos lançou um vasto estudo de onde saiu uma reformulação completa do sistema de transportes e comunicações de Portugal. Este novo sistema, essencialmente marcado por uma forte intermodalizacao, em conjunto com uma mudança na orientação da economia nacional, reforçando a importância do comércio e dos serviços a ele associados e das industrias de grande valor acrescentado, tornou Portugal numa das grandes plataformas comerciais do mundo e criou as condições para que a industria portuguesa dos transportes se afirmasse como uma das mais importantes em termos mundiais. Ambos os factores permitiram ultrapassar o período de relativa estagnação económica e alicerçar a competitividade da economia portuguesa. Portugal conseguiu assim aproveitar da melhor maneira os efeitos da globalização.

Na base desta Terceira Era estiveram também profundas alterações politicas que criaram o necessário enquadramento para a retoma económica: a restauração da monarquia constitucional foi decisiva para uma nova coesão social que permitiu a definição de novos desígnios nacionais; a alteração do sistema político para um sistema fortemente descentralizado e baseado na responsabilização das autoridades locais multiplicou a implementação de soluções originais para os problemas mais comuns; uma nova Constituição livrou-se de conceitos anacrónicos e adaptou-se aos novos, lançando as bases de uma nova modernidade.

O terceiro factor decisivo da Terceira Era foi a reforma do ensino. Depois de três décadas de permanentes reformas, o sistema de ensino nacional livra-se definitivamente do cunho revolucionário e liberaliza-se e descentraliza-se. Estes dois factores permitiram o surgimento de inúmeras iniciativas locais de grande sucesso que conseguiram aliciar e solidificar importantes pólos de conhecimento que, no seu conjunto, deram a Portugal a necessária massa cinzenta para as restantes reformas e criaram ainda uma florescente indústria do conhecimento e um importante centro de excelência a nível mundial.

(continua…)

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