Arrogancia Intelectual


O Rantas e o Ranys apontam aqui o dedo à arrogância de uma certa elite intelectual que olha com presunção a malta que não tem capacidades para compreender aquilo que eles dizem.

Mas não será esta uma atitude algo característica entre os Portugueses? O que dizer do desdém com que se houve falar da música pimba, onde estão incluídos alguns dos artistas com mais discos vendidos em Portugal? O que pensar da sobranceria com que se fala da Floribela, que é um dos programas de televisão mais visto em Portugal? O que concluir da atitude depreciativa com que se abordam os livros da Margarida Rebelo Pinto, que é uma das autoras contemporâneas que mais livros vende em Portugal?

Não serão também todas estas formas da tal arrogância intelectual? É que uma coisa é a atitude crítica e a outra é o achincalhanco vulgar e barato que nos faz “parecer” uns verdadeiros intelectuais.

PS: Já por várias vezes tive enormes dificuldades ao tentar explicar o conceito de música pimba noutras línguas. Para eles a definição cai sempre na música popular.

4 comentários:

Alex disse...

Quem determina se algo é bom ou é mau? O que tem qualidade e o que não tem? Será o mercado? Acho que não há critério mais objectivo que esse. Se uma música vende milhões e outra não vende nada qual será o melhor? Podem vir os intelectuais dizer que aquele que não vende nada é que é bom, mas, na minha opinião, a arte faz-se para as pessoas e por isso são elas que melhor classificam. O problema é que, pelo menos em Portugal, a oferta só existe para as massas. Os produtores de cultura só pensam na massificação, talvez porque o mercado é pequeno. Julgo que vai havendo mais mercados, pequenos nichos que não são explorados. Basta ver aprogramação das televisões para perceber que a produção se destina apenas às grandes massas e quem fica de fora não tem alternativa. Os "bons" programas passam a horas inconcebíveis. Por isso, por não houver oferta, aqueles poucos que tem acesso a outras coisas tÊm essa atitude arrogante. Essas coisas de "qualidade" não são acessíveis a todos.
Saúdinha

Anónimo disse...

subjectividade é a palavra chave, como em tantos outros casos. concordo que se deva chamar a atitudes como as que se vêm com a floribela e por ai fora de intolerancia intelectual.

há espaço para tudo, para todos. eu seria incapaz de comprar um album da floribela ou um livro da nossa amiga guida, mas há que aceitar quem o faz, porque se o faz é porque gosta. e bem, la vamos nós terminar com a frase feita de sempre - gostos nao se discutem
:D

Anónimo disse...

"Cai sempre na musica popular."

Claro que sim. Qual é a diferença entre a Romana e a Britney Spears? Só mesmo a língua e a dimensão do mercado.
Aliás, geralmente os nossos músicos pimba estudam no Conservatório e depois respondem às necessidades do mercado. Não sei se a Britney terá formação musical...

Ismael disse...

Discordo um bocado...