Por cá a “feliz coincidência” Cavaco-presidente, Sócrates-governo e Mendes-oposição tem dado alguns passos no bom sentido com saliência para o acordo da Justiça; o fundamental é perceber que há sectores que devem ser para além da Legislatura, independente do partido no poder. Na nossa Democracia, em que há (como é normal) uma matriz comum das grandes linhas políticas, a desejável alternância não pode pôr em causa sectores como a Justiça. Também a Segurança Social podia ser objecto de um acordo, mas o PS não aceita, o que diz ser a privatização; parece-me haver aqui uma luta ideológica que não é lógica. O PCP propõe que as grandes empresas descontem para a Segurança Social de forma proporcional aos lucros. De facto o financiamento da Segurança Social deve ser discutido, mas não podemos afugentar as empresas, responsáveis pela economia e, portanto pelo emprego. Na Educação medidas concretas no sentido correcto: docentes com 3 anos na mesma escola, e escolas a abrirem a tempo e horas; propostas muito interessantes do PSD, querendo dar a cada escola a responsabilidade e a possibilidade de concorrência saudável: directores e alunos / pais a escolherem as melhores escolas; boas ideias e perspectivas.
No Courrier interessante definição para Esquerda: regime de impostos altos para manter um Estado generoso. Na minha opinião falar em Esquerda-Direita hoje não faz muito sentido, como já aqui escrevi.
No Courrier interessante definição para Esquerda: regime de impostos altos para manter um Estado generoso. Na minha opinião falar em Esquerda-Direita hoje não faz muito sentido, como já aqui escrevi.
Lá fora crises e oportunidades. Afeganistão e Iraque, pecados apontados aos americanos e Ocidentais, não correm da forma idealizada, com a pacificação, democratização e desenvolvimento económico destas regiões. Recrudescimento dos talibãs, com o Paquistão em equilíbrio instável, no Iraque, inexplicável sucessão de atentados sobretudo entre xiitas e sunitas com os curdos na expectativa. Israel reage desproporcionalmente ao rapto de soldados e ataca o Líbano para “aniquilar” o Hezzbollah. Irão e Síria penalizados pela resolução da ONU que obriga o desarmamento e tropas fundamentalmente europeias têm papel critico e fundamental. Paralelamente, e após 1 ano da retirada unilateral de Gaza e a eleição do Hamas, alto dirigente palestiniano coloca o dedo na ferida, “Gaza é terra a ferro e fogo, de senhores da guerra e nada se fez para construir um país”; Abbas propõe Governo de unidade nacional, e (Hamas e OLP) e pede apoio a Bush, que juntamente com a União Europeia, Rússia exige que o Hamas reconheça Israel e aceite os acordos realizados no passado. Entretanto, um pouco à semelhança do que foi o processo na ONU contra o Iraque, o Conselho de Segurança exige ao Irão que interrompa os seus esforços com a energia nuclear; particularmente a União Europeia (França e Alemanha) continuam negociações impasse após impasse. Ninguém pode saber se chegaremos a algo parecido com um acordo, mas a comunidade internacional não parece disposta a permitir a ameaça da arma nuclear iraniana. 5º aniversário do 11/9, com vários debates, potenciados pela reacção, mais uma vez revelando o pior do obscurantismo, de radicais muçulmanos e não só, a um discurso do Papa que, no essencial, apelava à Razão, não se usando o nome de Deus para justificar violência. Também na Europa criticas ao Papa, pois “pôs achas na fogueira”(aqui). A luta entre a Razão e o Obscurantismo continua. Trágico são os emigrantes que arriscam tudo para chegar à Europa, e o genocídio que continua em Darfur, no Sudão, com o governo a não permitir capacetes azuis! Cómico o discurso de Chavez na Assembleia da ONU. E assim vai o mundo.
2 comentários:
Finalmente Manolo oferece-nos um post!
O mundo está em ebulição na verdade.
Saúdinha
E cada vez mais inseguro!
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