REGRESSÃO CIVILIZACIONAL


Há cinco anos iniciou-se um novo ciclo histórico. Ainda é muito cedo para fazer uma análise histórica das alterações na civilização humana provocadas pelos atentados de 11 de Setembro, mas julgo que é indiscutível que se iniciou um novo tempo histórico.
No 1º ano do 3º milénio, e ao contrário dos últimos marcos históricos que alteraram a História, sempre no sentido positivo, este fez regredir a civilização humana.
Já se falou muito dos choques de civilizações, da guerra das religiões, da intolerância, do obscurantismo e por outro lado, da luta pela posse das reservas energéticas, de vários pesos e várias medidas, de invasões em países soberanos com pretextos vários, mas não é esse o tema deste post.
Cada vez acredito menos na possibilidade da Paz. Vejo que os fundamentalistas islâmicos não pretendem nada, não querem negociações, apenas querem substituir uma sociedade livre, rica e pacífica por uma sociedade fechada, obscura e miserável. Contra isto há muito pouco a fazer. Talvez fosse possível evitar o aparecimento destes fanáticos, tirando-lhe o apoio que têm das massas muçulmanas.
É minha convicção que tal como em vários períodos na História, em 11 de Setembro de 2001, a História faz uma inversão no desenvolvimento humano.
Nunca como até aí, a Humanidade teve tanto bem estar, tanto consumo, tanto lazer, pode-se dizer mesmo tanta opulência. E esta riqueza nunca como agora chegou a tantos. A par desta riqueza (mais ou menos de acesso universal) nunca como até aí tivemos tantas liberdades, tantos direitos, tanta segurança. E é este estádio da Civilização que começou a decair em 11/Set!
Vamos empobrecer, ter menos acesso a bens e serviços, menos segurança, menos liberdade, mais medo, mais desconfiança…
Infelizmente, entrámos numa época em que as expectativas de futuros radiosos estão muito sombrias.
Só poderemos confirmar ou não esta inversão de ciclo daqui a muitas décadas, porém esta é a minha visão.
Saudinha.

1 comentário:

Rantas disse...

Assim como depois de 1945 se procedeu à desnazificação na Alemanha e à "des-samuraização" no Japão, que foram batalhas do foro da psicologia de massas, há que fazer o mesmo quanto aos fanáticos muçulmanos.

Não acredito na possibilidade de paz. Aliás, acredito que a guerra começou há 5 anos. E não há que ter contemplações nem ceder a relativismos morais, complexos de ex-colonialista - eles são os "maus", "nós" - os ocidentais - somos os "bons".

Podemos achar que o Bush é uma besta - e é-o, de facto - podemos achar que podia ter sido de outra maneira, não se devia ter invadido o Iraque - também acho, não devia - que os israelistas exageram - é verdade, exageram. Mas isso são pontos acessórios, por muito que isso custe às nossas boas consciências. O fundamental, o essencial, é apenas isto: se "nós" não damos cabo deles, eles irão dar cabo de nós. Tão simples como isto.

Independentemente da nossa opinião, da nossa tolerância, da nossa compreensão - eles não querem saber! Aliás, contam até com a nossa tolerância e com a nossa melhor compreensão para melhor nos lixarem!