Fiquei surpreendido de forma estimulante quando ouvi anunciar que Fernando Nobre se ia candidatar. Acredito que muitos portugueses tiveram a mesma sensação. Algo de novo e bom se pode estar a passar. O presidente e fundador da AMI vem da “sociedade civil”, ou seja da sociedade de cidadãos, onde tem a sua carreira (exemplar, ao que sabemos) ligada à Saúde e à Solidariedade. A AMI actua a nível mundial e onde é realmente necessária. À primeira vista tem um potencial de mudança no sentido positivo: temos que perceber, de uma vez por todas , que Portugal depende de nós, todos nós.
A classe politica perdeu toda a credibilidade; a sociedade de economia, tem os números de crescimento, deficit e endividamento que se conhecem (ler Medina Carreira) e o futuro, hoje, parece negro. A vergonha dos sucessivos casos da Justiça, das grandes empresas chupistas do Estado, da falta de pudor das negociatas financeiras, das obscenas amplitudes de quem tem demais e de quem tem de menos ilustra a actual situação do País. Continuamos a esperar que alguém nos resolva problemas, ou pelo menos que alguém (sempre o Estado) seja responsabilizado por isso. Para mim é claro que as elites portuguesas, as que detêm o poder, são um espelho da sociedade de cidadãos que não (ainda) somos.
O que tenho esperança é que a mensagem para o sistema de partidos seja entendida: se Fernando Nobre fosse eleito ficava provado que, é possível que os melhores de nós em cada actividade seja “seleccionado” pelos seus pares. Imagine-se o que se seria se os bons professores tivessem poder real para transformar as escolas, os juízes mais sábios é que influenciavam a administração da Justiça, os empresários mais capazes de produzir riqueza e emprego tenham acesso a oportunidades, pois os banqueiros visionários investem com assertividade, etc, etc, os jornalistas isentos e mais profundos eram os mais respeitados, e por aí fora… E, sobretudo, aqueles homens e mulheres mais extraordinários na procura de soluções para resolver problemas desta sociedade de cidadãos, os que põem o bem público acima do interesse próprio, que sabem ter esperança e transmitir motivação aos cidadãos, para “arregaçar mangas”, esses seriam seleccionados dentro dos partidos, para formar a classe politica que Portugal, hoje, não tem.
Fernando Nobre pode representar essa mudança: os partidos têm que se transformar: devem ser laboratórios de ideias para definir as prioridades dos Estado, e, sobretudo, como é que a “tal” sociedade da economia dos cidadãos, da opinião pública, da participação cívica, das associações se pode desenvolver, independentemente do Estado. Só quando esta “tal” sociedade (que tem que apontar para maior produtividade, ou seja formação / tecnologia, e virada para a exportação, muito para os novos campos da riqueza: as energias, o mar, comunicações, saúde e biologia, num mercado quase ilimitado e onde o espaço-tempo “desapareceu” através da Internet), quando todos nós, dizia, fizermos “o nosso dever”, fazer como deve ser feito, então o sistema funciona: apura os melhor preparados, a todos os níveis, os altos e os baixos. É democracia individual: respeitar os outros, contarmos uns com os outros, assumir responsabilidade, participar, tomar decisões e fazer escolhas. E ser leal, mesmo perdendo e errando, com a opinião da maioria.
“O Medo de existir” dos portugueses tem que ser vencido. Naturalmente à custa dos próprios portugueses (who else?). Daquilo que dependesse de nós, que é aparecerem as tais classes politicas* e as elites em todos os campos, (no fundo toda a sociedade), para vencer esse tal medo, penso que votar no Fernando Nobre é um passo no sentido correcto.
Sei bem que há momentos em que todo um povo acredita, e esse é de facto o papel dos políticos importantes. Não que vá mudar aspectos de natureza institucional, o papel do Presidente está perfeitamente definido, mas a vaga que pode desencadear é que foi o meu pressentimento quando ouvia a notícia.
* que até resolvessem a maior causa de revolta que é a desequilibradíssima distribuição da riqueza
A classe politica perdeu toda a credibilidade; a sociedade de economia, tem os números de crescimento, deficit e endividamento que se conhecem (ler Medina Carreira) e o futuro, hoje, parece negro. A vergonha dos sucessivos casos da Justiça, das grandes empresas chupistas do Estado, da falta de pudor das negociatas financeiras, das obscenas amplitudes de quem tem demais e de quem tem de menos ilustra a actual situação do País. Continuamos a esperar que alguém nos resolva problemas, ou pelo menos que alguém (sempre o Estado) seja responsabilizado por isso. Para mim é claro que as elites portuguesas, as que detêm o poder, são um espelho da sociedade de cidadãos que não (ainda) somos.
O que tenho esperança é que a mensagem para o sistema de partidos seja entendida: se Fernando Nobre fosse eleito ficava provado que, é possível que os melhores de nós em cada actividade seja “seleccionado” pelos seus pares. Imagine-se o que se seria se os bons professores tivessem poder real para transformar as escolas, os juízes mais sábios é que influenciavam a administração da Justiça, os empresários mais capazes de produzir riqueza e emprego tenham acesso a oportunidades, pois os banqueiros visionários investem com assertividade, etc, etc, os jornalistas isentos e mais profundos eram os mais respeitados, e por aí fora… E, sobretudo, aqueles homens e mulheres mais extraordinários na procura de soluções para resolver problemas desta sociedade de cidadãos, os que põem o bem público acima do interesse próprio, que sabem ter esperança e transmitir motivação aos cidadãos, para “arregaçar mangas”, esses seriam seleccionados dentro dos partidos, para formar a classe politica que Portugal, hoje, não tem.
Fernando Nobre pode representar essa mudança: os partidos têm que se transformar: devem ser laboratórios de ideias para definir as prioridades dos Estado, e, sobretudo, como é que a “tal” sociedade da economia dos cidadãos, da opinião pública, da participação cívica, das associações se pode desenvolver, independentemente do Estado. Só quando esta “tal” sociedade (que tem que apontar para maior produtividade, ou seja formação / tecnologia, e virada para a exportação, muito para os novos campos da riqueza: as energias, o mar, comunicações, saúde e biologia, num mercado quase ilimitado e onde o espaço-tempo “desapareceu” através da Internet), quando todos nós, dizia, fizermos “o nosso dever”, fazer como deve ser feito, então o sistema funciona: apura os melhor preparados, a todos os níveis, os altos e os baixos. É democracia individual: respeitar os outros, contarmos uns com os outros, assumir responsabilidade, participar, tomar decisões e fazer escolhas. E ser leal, mesmo perdendo e errando, com a opinião da maioria.
“O Medo de existir” dos portugueses tem que ser vencido. Naturalmente à custa dos próprios portugueses (who else?). Daquilo que dependesse de nós, que é aparecerem as tais classes politicas* e as elites em todos os campos, (no fundo toda a sociedade), para vencer esse tal medo, penso que votar no Fernando Nobre é um passo no sentido correcto.
Sei bem que há momentos em que todo um povo acredita, e esse é de facto o papel dos políticos importantes. Não que vá mudar aspectos de natureza institucional, o papel do Presidente está perfeitamente definido, mas a vaga que pode desencadear é que foi o meu pressentimento quando ouvia a notícia.
* que até resolvessem a maior causa de revolta que é a desequilibradíssima distribuição da riqueza